terça-feira, 2 de agosto de 2011

Como tudo começou...

   São Paulo, cinco de agosto de mil novecentos e oitenta e seis, nasce Júlio César Godinho Catolé. Infância e adolescência vividas no Parque Maria Fernanda, pro jogador, definido como "minha querida favela Céu Azul". Já sabia desde muito cedo o que queria pra sua vida: jogar bola e ser feliz. Sempre incentivado por sua mãe, dona Rita e seu tio Chicão, sabia que podia arriscar e investir nos sonhos que tinha, caso nada desse certo, ela estaria o esperando de braços abertos. Não foi necessário. Nada caiu do céu, mas Julinho nunca desistiu. O primeiro time em que jogou de verdade foi o Pracinha F.C, no Parque Maria Fernanda. Taxado de "camiseiro", ao mesmo tempo jogava no Favela F.C e no Aliança, e não tem vergonha de dizer que era isso mesmo, a sede por futebol era tanta, que queria jogar em todos os times possíveis.
   Aos 14 anos, conheceu o popular Índio (in memorian) que o reeducou, incentivou, apresentou pessoas e ajudou a tornar o sonho de criança realidade, juntamente com Didi que tinha um time onde Julinho jogou quando criança. Por meio de Índio (in memorian), chegou a treinar nas categorias de base do Corinthians, mas não obteve sucesso lá, naquele momento. A pressão em casa começou a pesar, o tempo estava passando e era ali e agora. Sem ter o que fazer, continuou estudando e foi trabalhar na feira, com seu tio. Um dia, sem mais, conheceu alguém chamado Luiz, e depois de muito Julinho insistir, lhe arrumou um emprego em um restaurante de São Paulo, sem sequer saber fritar um ovo, mas com sede de aprender.
   Foram seis meses assim, até que uma oportunidade bateu à sua porta: era Diogo, um amigo que fez por meio de Índio, o incentivador. O que seria? Jogar futebol, de verdade, no interior de Santa Catarina. Era 2005, e Julinho não exitou quando recebeu a proposta. Arrumou as malas com confiança, fé e determinação e largou tudo, mesmo contra a vontade da família. Era a busca da realização do seu maior sonho. Durante cinco anos jogou no Clube Atlético Hermann Aichinger, vulgo Atlético de Ibirama. Cinco anos decisivos pro futuro que estaria a partir dali, sendo muito bem traçado (...)

Um comentário:

  1. Sou uma pessoa suspeita pra falar do Julinho, porque além de fã do seu futebol, também sou fã do homem Julinho que se tornou uma pessoa muito especial nas nossas vidas. Sou mãe de um menino lindo de 5 anos que se chama Felipe. O Lipe é simplesmente apaixonado pelo Julinho que sempre retribuiu com muito carinho. Sou avaiana de coração, apaixonada pelo meu clube e torcedora oficial desse cara simples, humilde e que merece tudo de bom na vida, todo sucesso do mundo. Obrigada pelo carinho de sempre amigo, vc vai estar pra sempre nos nossos corações, esteja onde estiver. O céu é o limite pra vc, seleção é onde queremos te ver. Fica com Deus

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