Brasileirão - Série A

Depois da rodada de clássicos do fim de semana, e com o Vasco x Flamengo terminado em 0 x 0, o G4 do Campeonato Brasileiro da série A continua a mesma coisa. O clube cruzmaltino segue na quarta colocação com a mesma porcentagem de aproveitamento do terceiro colocado, São Paulo. Flamengo segue na segunda colocação, um ponto atrás do líder Corinthians.

Vasco da Gama - 113 anos

Julinho se impressiona com festa e lembra que quase a impediu.
Jogando pelo Avaí, lateral marcou um gol que poderia ter eliminado o Vasco das semifinais da Copa do Brasil. Hoje ele só pensa no clube cruz-maltino. 

Um dos momentos de maior empolgação no megashow em comemoração ao aniversário de 113 anos do Vasco, realizado na noite da última terça-feira, foi quando o time campeão da Copa do Brasil subiu ao palco. Julinho estava lá, mas não fazia parte do grupo campeão. Pelo contrário. Vestindo a camisa do Avaí, o lateral-esquerdo enfrentou o Cruz-Maltino nas semifinais, marcou um gol no jogo de ida, e, na época, fez de tudo para evitar a conquista do então rival.

Já completamente ambientado no clube, ele tem noção de que poderia atrapalhar o que foi uma noite de pura exaltação ao amor pelo Vasco. E foi essa empolgação que deixou Julinho completamente impressionado.

- É engraçado saber que um gol meu naquela semifinal da Copa do Brasil poderia impedir essa festa maravilhosa. Hoje jogando por este clube e tendo este contato próximo com o torcedor que a gente percebe como é emocionante vestir essa camisa e fazer parte de uma festa tão bonita. Estou realmente impressionado - afirmou o lateral-esquerdo, que deixou a casa de shows no meio do evento e foi cercado pelos torcedores com pedidos de fotos e autógrafos. No último jogo, o empate em 1 a 1 contra o Fluminense, Julinho deixou o campo logo no início com fortes dores no tornozelo esquerdo. O lateral disse que ainda sente algumas dores quando faz certos movimentos com o pé. Para quinta-feira, no jogo de volta contra o Palmeiras pela Copa Sul-Americana, sua participação está descartada. No entanto, no clássico contra o Flamengo no próximo domingo, o próprio Julinho garante que estará pronto. - Estou fazendo tratamento intensivo e não quero nem pensar em ficar fora deste clássico contra o Flamengo. Uma vitória, além de nos dar moral, será muito importante em termos de classificação - afirmou.

O Vasco se reapresenta às 10h (de Brasília) desta quarta-feira, em São Januário. Em seguida, a delegação embarca para São Paulo. O jogo contra o Palmeiras será na quinta-feira, às 20h15m (de Brasília), no Pacaembu. Após vencer o primeiro jogo por 2 a 0, o Vasco pode até mesmo perder por um gol de diferença que se classifica para a segunda fase da Copa Sul-Americana.

Fonte: http://glo.bo/qxtB7P

Por: Felipe Costa e Rafael Cavalieri 

Estreia no Vasco da Gama

  A estreia de Julinho vestindo a camisa cruzmaltina aconteceu no dia 24/07 - campeonato brasileiro - contra o Atlético-MG. Já na estreia, o novo camisa 17 pôde mostrar seu trabalho, dando uma bela assistência: cruzamento para Diego Souza marcar um gol de cabeça.

  "Após a partida, Ricardo Gomes, técnico cruzmaltino, elogiou a atuação do novo camisa 17 de São Januário:

- O ponto forte do Julinho é a parte ofensiva. Ele chega bem à área e explora muito bem as laterais. Estava um pouco tímido, o que é natural em uma estreia, mas deu o passe para o primeiro gol. Com o tempo ele se soltará e será muito útil - disse o treinador ao Superesportes." (Fonte: Super Vasco)

De Floripa para o Rio de Janeiro

  Não bastasse a satisfação de defender um dos maiores clubes de SC, ter o apoio da torcida e estar realizado no Avaí F.C, as oportunidades foram surgindo e mudando os rumos da carreira de Julinho. No mês de julho desse ano, o lateral foi anunciado pelo Club de Regatas Vasco da Gama como sendo uma negociação entre o cruzmaltino e o leão da ilha. O empréstimo ficou datado de um ano, até julho de 2012. Alguns, torcem para que Julinho volte à ressacada, já outros, que efetive-se no clube carioca... Nova oportunidade de mostrar seu trabalho e dedicação ao futebol.

  A coletiva de imprensa com a apresentação de Julinho ao Vasco da Gama você confere no vídeo abaixo, disponibilizado pelo clube:

Avaí - Florianópolis/SC

   No vídeo abaixo, alguns momentos da carreira de Julinho no Avaí.

De Ibirama para o Avaí

   Durante os anos que jogou no Atlético Hermann Aichinger em Ibirama/SC, Julinho teve a oportunidade de jogar em outros clubes da segunda divisão do Campeonato Catarinense: Camboriuense, Concórdia e Imbituba. Na sua temporada no Imbituba, conquistou com o clube o mesmo campeonato. Em 2009, fez parte do time do Metropolitano de Blumenau/SC, onde disputou o Campeonato Brasileiro da série D.

   Após sua estadia no clube Blumenauense, houve a negociação do atleta entre o Atlético de Ibirama que ainda tinha seus direitos com um clube da capital, o Avaí. Em agosto de 2010, Julinho chega ao Avaí e inicia sua carreira no clube defendendo o time sub 23. Pouco tempo jogou nesta categoria e logo engatou no time principal do Avaí F. C. Defendeu o time na posição de lateral-esquerdo no Campeonato Catarinense da série A, na Copa do Brasil (onde fez um gol contra o Vasco da Gama no São Januário) e no Campeonato Brasileiro da série A até o mês de julho deste ano de 2011.

Atlético de Ibirama - SC

   No tempo que ficou em Ibirama, SC, pôde fortalecer seu futebol e ser reconhecido. Jogou do time júnior ao profissional, e durante os cinco anos que permaneceu no clube vivenciou diversas conquistas e derrotas, crescendo tanto quanto pessoa e profissional.

Como tudo começou...

   São Paulo, cinco de agosto de mil novecentos e oitenta e seis, nasce Júlio César Godinho Catolé. Infância e adolescência vividas no Parque Maria Fernanda, pro jogador, definido como "minha querida favela Céu Azul". Já sabia desde muito cedo o que queria pra sua vida: jogar bola e ser feliz. Sempre incentivado por sua mãe, dona Rita e seu tio Chicão, sabia que podia arriscar e investir nos sonhos que tinha, caso nada desse certo, ela estaria o esperando de braços abertos. Não foi necessário. Nada caiu do céu, mas Julinho nunca desistiu. O primeiro time em que jogou de verdade foi o Pracinha F.C, no Parque Maria Fernanda. Taxado de "camiseiro", ao mesmo tempo jogava no Favela F.C e no Aliança, e não tem vergonha de dizer que era isso mesmo, a sede por futebol era tanta, que queria jogar em todos os times possíveis.

   Aos 14 anos, conheceu o popular Índio (in memorian) que o reeducou, incentivou, apresentou pessoas e ajudou a tornar o sonho de criança realidade, juntamente com Didi que tinha um time onde Julinho jogou quando criança. Por meio de Índio (in memorian), chegou a treinar nas categorias de base do Corinthians, mas não obteve sucesso lá, naquele momento. A pressão em casa começou a pesar, o tempo estava passando e era ali e agora. Sem ter o que fazer, continuou estudando e foi trabalhar na feira, com seu tio. Um dia, sem mais, conheceu alguém chamado Luiz, e depois de muito Julinho insistir, lhe arrumou um emprego em um restaurante de São Paulo, sem sequer saber fritar um ovo, mas com sede de aprender.
   Foram seis meses assim, até que uma oportunidade bateu à sua porta: era Diogo, um amigo que fez por meio de Índio, o incentivador. O que seria? Jogar futebol, de verdade, no interior de Santa Catarina. Era 2005, e Julinho não exitou quando recebeu a proposta. Arrumou as malas com confiança, fé e determinação e largou tudo, mesmo contra a vontade da família. Era a busca da realização do seu maior sonho. Durante cinco anos jogou no Clube Atlético Hermann Aichinger, vulgo Atlético de Ibirama. Cinco anos decisivos pro futuro que estaria a partir dali, sendo muito bem traçado (...)